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Cosmologia Gnóstica: as leis que sustentam o universo e o ser humano

Cosmologia Gnóstica: as leis que sustentam o universo e o ser humano

A Cosmologia, como estudo do Cosmos (literalmente “ordem” em grego) ou do Universo (literalmente “todas as coisas unificadas”), é um dos mais belos exemplos de conhecimento humano que pode se transformar em sabedoria quando iluminado por 4 grandes luzes: a Cosmologia Científica (Astrofísica), a Cosmogênese Religiosa (Mitos da Criação), a Filosofia do Universo (explicação das origens e dos objetivos do mundo em que vivemos) e a descrição artística do Universo (desde o poético nome de nossa Galáxia Via Láctea, a “Via de Leite”, até a estrela de Belém que conduziu os Três Reis Magos para visitar o Cristo nascido).
A cada nova descoberta científica vemos com satisfação se aproximarem os conceitos da astrofísica moderna com os antigos e profundos axiomas filosóficos e religiosos das grandes tradições como a Gnose. Hoje é comum se falar de Energia e Matéria Escuras como conceitos para se explicar os agentes da expansão ou da retração (gravidade) no Universo, mesmo que os cientistas acadêmicos não tenham a mínima ideia do que sejam estes agentes da movimentação nos céus.
Há também inspirações teóricas e intensas pesquisas sobre multiversos, outras dimensões, teoria das cordas, buracos de minhoca, emaranhamentos quânticos, deslocamentos no tecido espaço-tempo, big-bangs e big-crunchs (criação e fim do universo).
A Cosmologia é uma linda dança sincronizada e criadora, onde os mundos surgem dos berçários de estrelas, abrigam vida e depois são “absorvidos novamente no seio do Eterno Pai Cósmico Comum”, como de forma tão magistral sintetizou Samael Aun Weor, mestre gnóstico contemporâneo.
As tradições judaicas e cristãs simplificaram demais a criação do Universo. Na realidade o Velho Testamento dedica poucos versos à criação do universo e das estrelas. O foco dos tradicionais escribas hebraicos foi mais na criação e queda do homem, da natureza de nosso planeta e, claro, nas gerações humanas que fizeram a história do povo hebreu.
Entretanto e em complemento, os evangelhos apócrifos como de Enoch e de Valentino dedicam páginas e mais páginas a esferas celestiais, a seres que habitam os éons gnósticos e a agentes divinos como Arcontes, Demiurgos, Abraxas e Sophia. Estes livros apócrifos, secretos, “proibidos” e, obviamente, não canonizados pela igreja, explicam de forma mais completa e profunda as origens do universo e do ser humano, muito além das simplistas abordagens dogmáticas atuais.
A Cosmogonia Védica Hindu, tão bem revisitada pela Teosofia de Helena Blavatsky, também é riquíssima em termos de Sabedoria ou Gnose Cosmológica.
Mas há outras filosofias cosmogônicas tão belas e profundas como a Gnóstica e a Hindu: a Maia, a Asteca, a Nórdica-germânica, a Celta, a Suméria, a Egípcia, a Chinesa, a Grega. Este artigo traz elementos de todas elas.
Para compreender o Universo precisamos conhecer as Leis que o criaram e o sustentam. Aliás, este é o mesmo caminho da física quântica (do pequeno, das partículas subatômicas) e também da cosmofísica (do grande, das estruturas galácticas e até maiores): quando se entende o funcionamento do pequeno, compreende-se como o grande funciona, e vice-versa.
A primeira dessas Grandes Leis Cósmicas é chamada em língua divina de Sagrado Triamazikamno, a Lei do Três, que rege a CRIAÇÃO através da interação perfeita de duas polaridades, gerando uma terceira. No universo temos a energia escura e a matéria escura, agentes da expansão e da retração dos astros, como os 2 agentes que provocam o equilíbrio (a dança dos astros em suas órbitas) – o equilíbrio é a terceira força. Na criação biológica de um ser humano temos o pai, a mãe e a própria criança como a expressão dessa Lei do 3.
E temos ainda as grandes trindades criadoras e também científicas: Pai, Filho e Espírito Santo; Osíris, Ísis e Hórus; Brahma, Vishnu e Shiva; Próton, Nêutron e Elétron; Atração, Repulsão e Equilíbrio; Força, Amor e Legalidade etc. Seja na filosofia, na ciência físico-química, nas religiões e até nas estruturas dos estados nacionais modernos (poderes Legislativo, Executivo e Judiciário), estes 3 agentes criadores sempre estão presentes.
Em nossa vida individual, para avançarmos bem em qualquer ramo, devemos observar a atuação equilibrada dos mesmos três fatores de criação. Por exemplo o (1º) como Força-Ação (princípio ativo, expansivo, traduzido por determinação, vontade, ação concreta, “raça”); o (2º) é o Amor (princípio receptivo, acolhedor, representado por carinho, atenção, cuidado, prazer, alegria, “realização”), e o (3º) fator é a Observância e Obediência às leis humanas e divinas envolvidas.
Força-Amor-Lei são o Triamazikamno das ações prósperas humanas que levam à felicidade, desde um casamento até uma profissão, da saúde física aos relacionamentos sociais construtivos, passando por harmonia familiar e educação dos filhos. Reflita nisso, caro leitor, e ajuste seu arranjo de ações com base na Lei do 3. Você verá rápido os resultados. Lembre-se: Força-Amor-Lei.
A segunda grande Lei Cósmica é chamada de Lei do Sete ou Sagrado Heptaparaparshinock , que coloca ORDEM e administra o que foi criado pela Lei do Três. Por isso temos 7 cores, 7 camadas na órbita dos elétrons, 7 hierarquias angelicais, 7 notas musicais, 7 sacramentos, 7 dias da semana, 7 pecados capitais, 7 dimensões na natureza, 7 corpos do ser humano, 7 chacras, 7 Iniciações Espirituais, 7 Arcanjos etc.
Algo que foi criado em harmonia pela Lei do 3 precisa ser bem organizado e bem gerenciado pela Lei do 7.
Em nossa vida física e cotidiana podemos ver esta Lei Universal agindo em nossas atividades, por exemplo, nos níveis (1º) pessoal (íntimo), (2º) familiar, (3º) profissional, (4º) material-financeiro, (5º) social (amizades e afinidades), (6º) psicológico-religioso-místico e (7º) cooperativo-planetário-ambiental-espiritual.
Para entender esta Lei a partir de uma auto-análise, apenas reflita como está sua vida em cada um desses campos e como eles se interagem, se há equilíbrio ou polarização em apenas um ou em poucos deles. Eles alimentam um ao outro ou atrapalham um ao outro ? O círculo que os move é vicioso ou virtuoso ? Você é egoísta (só pensa no (1) – em si mesmo) ? Você pensa mais na família (2) e se esquece de si e do resto ? Você equilibra o material e o espiritual ?
Com base nessas Leis, podemos vislumbrar com a lógica e a intuição como o maravilhoso Plano Cósmico de Manifestação se expressa segundo quatro princípios simples:
Primeiro Princípio: A Inteligência Superior ou Deus, na sua expressão como a Divindade da Galáxia, tem filhos diretos que são chamados de Estrelas (sóis que brilham e são astros luminosos, cheios de energia, luz, calor e força atratora gravitacional). Todos os sois giram espacialmente ao redor do centro da Via Láctea, e têm sua hierarquia máxima espiritual no Sol Sírio.
Segundo Princípio: cada Estrela é comandada por uma Divindade (um Logos Solar como Mikael, regente do Sol de Ors que nos ilumina), têm seus filhos ou planetas que giram ao redor dele, sendo por ele cuidado, como a Terra que é nutrida e conduzida pelo nosso Sol. Em síntese, podemos dizer que cada estrela é o corpo de um Deus, uma Seidade evoluidíssima.
Terceiro Princípio: tudo ocorre sucessivamente em 7 planos da natureza, ou seja, as estrelas e planetas primeiro se formam de modo sutil (são emanadas espiritualmente por Deus) e depois vão se densificando, se materializando. Ou seja, pode haver sóis ou planetas que ainda não estão no plano físico, mas têm existência, por exemplo, nos planos astral, etérico ou mesmo físico menos denso (gasoso, líquido).
Quarto Princípio: o objetivo de tudo isso é acolher, abrigar e permitir o desenvolvimento de pedaços ou sementes de Deus, também chamadas de chispas ou mônadas divinas, as quais têm uma escada evolutiva de reino em reino, até chegarem ao reino humano, quando então são chamadas de almas e ganham livre arbítrio, capacidade de amar e de autoconsciência.
Em síntese, os planetas são grandes sementeiros e paraísos de cultivo (reprodução) de Deuses, onde as sementes são os seres elementais da natureza e o próprio ser humano, mas, como em toda criação de vida, nem todas as sementes vingam (nem todas as almas humanas se Autorrealizam, atingem a plenitude de suas virtudes, tornando-se realmente “à semelhaça da perfeição divina”).
Ao conhecer as Leis, a Grandeza e a Organização material e espiritual do Universo, você se verá muito melhor no Mundo e também poderá se autoconhecer melhor, pois, afinal, somos Microcosmos à Imagem e Semelhança do Grande Universo que, em síntese última, nada mais é que a expressão física daquilo que chamamos de Deus.
Fomos emanados de Deus, vivemos em Seu corpo e somos sementes dEle !
Aproveite, desfrute e colabore com a Obra Divina !

Sergio Geraldo Linke, engenheiro e líder gnóstico

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O QUE É GNOSE?

Gnose vem do sânscrito Gnana e do grego gnôzis, que se latinizou como cognoscere, ou seja, conhecer, como nas palavras diagnóstico, prognóstico etc. Gnose, literalmente, quer dizer “conhecimento” ou “conhecimento superior”. Leia mais